domingo, 27 de abril de 2014

Top 10 capitais da viagem!

Mais um top 10, agora com nossas 10 capitais preferidas das 22 que visitamos em nossa viagem! Nesse post não colocaremos as cidades em ordem de preferência, já que não conseguimos definir um ranking... Ficamos com um empate técnico entre todas!

1) Tóquio - Japão

A capital japonesa fascina pelos imponentes e modernos arranha-céus, luzes e cores... Ao mesmo tempo em que preserva templos seculares, palácios e jardins belíssimos no meio desta selva de pedra... Alucinante combinação!








2) Pequim - China

A capital chinesa ainda parece um gigantesco vilarejo... Na verdade, o maior de todos eles! Templos, palácios, museus e monumentos convivem com prédios cada vez mais altos e modernos... Carros velozes ainda disputam espaço com riquixás e charretes... Pessoas por todos os lados, algumas ainda mantendo hábitos provincianos... Mistura deliciosa e fascinante!



3) Bangkok - Tailândia

A mais exótica das capitais, metrópole caótica, com suas cores, aromas e sabores, que invadem todos os sentidos e te transportam para um universo paralelo! Arquitetura única em todo mundo, tem uma realidade durante o dia e outra completamente diferente à noite... Só visitando para realmente entender o que significa visitar este lugar!





4) Singapura - Singapura

A famosa ilha-cidade-Estado é, como dissemos anteriormente, uma mistura de Frankfurt com Miami e Las Vegas, ou seja, é uma cidade de negócios, prédios modernos e tecnologia; mas é também um grande centro de lazer e diversão, para quem gosta desde cassinos até praias e, claro, comprar de tudo que você possa imaginar... Afinal estamos na Ásia!





5) Liubliana - Eslovênia

A belíssima capital eslovena, tida por muitos como a nova "Praga" é uma pequena e encantadora capital. Arquitetura impecável, castelo no alto da colina, árvores e flores por todos os lados, além de um belo rio cortando as encostas dos morros. Parques belíssimos, além de esculturas e monumentos de extremo bom gosto onde quer que você olhe... enfim, uma obra de arte!





6) Roma - Itália

Esta não é a "cidade eterna" à toa! Andar por suas ruas é descobrir os tesouros e encantos da civilização que orientou os rumos do mundo por séculos e que ainda hoje exerce influência e fascínio em todo o planeta!







7) Viena - Áustria

Cidade maiúscula, em todos os sentidos! Capital de um dos impérios mais poderosos do mundo, foi construída para representar toda a sua força e grandeza. Palácios gigantescos, suntuosos e luxuosíssimos por todos os lados; avenidas largas, monumentos imponentes, parques, praças... Enfim, não tem como não se deslumbrar com esta cidade!




8) Budapeste - Hungria

Cidade famosa pela beleza de sua arquitetura, com palácios, catedrais, castelos e parques... Sempre com o rio Danúbio como pano de fundo, compondo um belíssimo cenário! E quando ficar cansado de admirar tanta beleza, é só dar uma relaxada em uma das deliciosas termas!






9) Lisboa - Portugal

É claro que a "terrinha" não poderia ficar de fora! Sem contar todo o laço afetivo e histórico que temos com a capital lusitana, Lisboa oferece uma arquitetura singular, com direito a palácios, castelos, mosteiros, conventos, catedrais e restaurantes espetaculares... Sem contar a vista do Atlântico, claro! Não é sem motivo que foi escolhida como o melhor destino da Europa para final de semana, em 2013!



10) Bogotá - Colômbia

A justa representante sul americana, Bogotá é uma cidade vibrante, com as características coloniais espanholas muito bem preservadas no centro histórico, prédios modernos e altíssimos (os maiores da América do Sul) no centro financeiro, montanhas belíssimas ao redor e bairros boêmios onde se come e bebe muito bem... E o melhor de tudo, está aqui ao lado!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Singapura (com "S" mesmo), o grande tigre do sudeste asiático!


Antes de começar a escrever sobre esta fantástica cidade, cabe um parêntesis a respeito da grafia de seu nome na nossa querida língua portuguesa. Estudiosos, tanto portugueses quanto brasileiros, alegam que o mais correto seria a escrita com o "C". Entretanto, por influência dos ingleses, em Portugal, o nome com "S" foi o que "pegou"... já no Brasil, a que ficou foi a letra "C". Não tenho nenhum motivo específico para preferir o "S", acho que é pelo hábito, já que em todas as outras línguas se escreve com esta letra e me acostumei com ela... Enfim, com "S" ou com "C", esta cidade-estado, ilha de riqueza no sudeste asiático, é um lugar imperdível!

Não pense que uma visita a Singapura é uma viagem a um típico país do sudeste asiático... bem longe disso! Um dos mais proeminentes Tigres Asiáticos (juntamente com Hong Kong, Coréia do Sul e Taiwan), esta ilha - cidade - Estado é um mar de desenvolvimento, tecnologia e riqueza na região. Pertencente à Malásia em seus primórdios, foi colônia britânica e tem, hoje em dia, o inglês como língua oficial. O malaio, hindu e chinês também são muito falados e consideradas línguas oficiais. Aliás, são estas as populações mais predominantes na cidade, que é formada basicamente por estrangeiros do mundo todo. Nativos são uma raridade!

Singapura praticamente não tem identidade cultural, não tem culinária típica, história milenar (sequer secular), língua... mas é a terra do famoso Singapore Sling, bebida criada no mais famoso e tradicional hotel da cidade, o Raffles. O país pode ser definido mais como uma mistura de Frankfurt com Las Vegas, ou seja, tem arranha-céus moderníssimos, sedes das mais importantes companhias multinacionais, bancos... ao mesmo tempo que é um gigantesco parque de diversões, para todas as idades, com cassinos, parques, shoppings, shows de luzes e fogos, enfim, atrações para ocupar o tempo o dia todo e para todos os gostos!

A cidade/país não é um lugar barato. A hospedagem tem preços compatíveis com Tóquio e, para comer, se gasta o mesmo que em Roma. Neste ano foi considerada a terceira cidade mais cara do mundo, mas ainda assim é bem acessível para o turista independente, especialmente para aqueles que vivem em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O transporte público é de muita qualidade, com metrô que te leva para os quatro cantos da ilha, incluindo aí o aeroporto. Vários ônibus também estão disponíveis e o aeroporto por quatro anos seguidos é considerado o melhor do mundo. A variedade de restaurantes também é grande e existem inúmeros shoppings com bons preços para os fanáticos por compras.

Vamos começar nosso tour por Singapura por uma ilha artificial que é o paraíso do entretenimento para crianças, adolescentes e adultos em Singapura, o Sentosa Resort World, um complexo que contém hotéis, shoppings, um parque temático próprio, um parque temático da Universal Studios, restaurantes (incluindo um chinês com 1 estrela no guia Michelin e que pudemos experimentar!), cassinos e uma praia. É um local para chegar de manhã, bem cedinho, e ficar até o final da tarde. Não bastasse as inúmeras atrações que o complexo oferece, o maior e mais fantástico aquário do mundo, o S.E.A Aquarium, fica lá e merece praticamente um dia todo só para ele. Se você quer diversão ou estiver com crianças, reserve pelo menos uns 3 dias para visitar todas as atrações do lugar!

Como dissemos anteriormente, Singapura é formada predominantemente por 3 comunidades principais : os malaios (muçulmanos), os indianos e os chineses. Cada uma destas comunidades é representada, na cidade, por seus bairros "típicos". O mais famoso é o Kampong Glam, ou "Arab Quarter". Contando com uma belíssima e gigantesca mesquita, várias "lochinhas" e restaurantes típicos, acabou se tornando uma grande atração turística local. A 15 minutos dali está outro bairro de "comunidade", a Little India, e suas lojas de especiarias, badulaques e restaurantes repletos de curry. Um pouco mais distante, próximo ao centro financeiro está mais uma das mais de 10 Chinatowns que pudemos visitar ao redor do mundo.

Mais próximo do centro financeiro e dos arranha-céus da cidade, está a Clarke Quay, um conjunto de bares, pubs, restaurantes, danceterias e lojas, todas às margens do rio que corta a cidade, formando uma área bem charmosa e badalada, especialmente no happy hour dos executivos pós expediente ou nas baladas da noite local.
Mas a grande atração da cidade está ao ali ao lado, a grandiosa e agitadíssima Marina Bay. Como o próprio nome diz, esta baía, que contém a principal marina da cidade e abriga os mais luxuosos e caros iates do mundo, é cercada de glamour, restaurantes sofisticados e "estrelados" do guia Michelin, lojas das marcas mais caras do mundo, hotéis luxuosíssimos e um dos hotéis mais famosos do mundo, que está em todos os cartões postais da cidade, com sua arquitetura única, às margens da baía, e que se tornou símbolo da cidade, o Marina Bay Sands.

Este na verdade não é simplesmente um hotel. É também um gigantesco shopping, com direito a canais venezianos, as tradicionais lojas caras e luxuosas, um cassino e uma das piscinas de borda infinita mais famosas do mundo, no topo do hotel, que pode ser usada pelos "simples mortais" por valores módicos acima dos 50 dólares por pessoa. O hotel ainda proporciona todos os dias, duas vezes ao dia, um show a Las Vegas, com direito a dança de águas, som, luzes, cores, lasers e sensacional queima de fogos de artifício, gratuitamente, para o delírio de todos que ficam lá se acotovelando para pegar o melhor ângulo do espetáculo.

Logo atrás do hotel, está outra das principais atrações da cidade, a Gardens by the Bay, um gigantesco complexo verde, construído artificialmente, mas que contém espécies das mais diversas, diferentes e bem cuidadas dos quatro cantos do mundo. Neste complexo encontramos o Jardim Botânico, O domo da Floresta Tropical, o Orquidário e a impressionante floresta de Árvores gigantescas, construídas pelas mãos do homem, mas que dão toda noite um incrível espetáculo de sons, luzes e cores que deixam todos hipnotizados... assistimos duas vezes mas poderíamos ter visto muitas outras mais!


Singapura realmente é um lugar único no sudeste asiático, mistura equilibrada do ocidente com oriente, cidade moderna e cosmopolita, sem perder a tradição asiática; praias, cassinos, muito entretenimento, ao mesmo tempo em que concentra um dos centros financeiros mais movimentados do mundo... enfim, se você vai gastar mais de 24 horas de vôo para visitar a Tailândia ou Bali, não custa nada dar um pulinho nesta cidade fantástica e aproveitar toda a diversão que ela pode oferecer que a tornou uma das nossas preferidas em toda a viagem!


domingo, 13 de abril de 2014

Tailândia : Koh Samui, Ao Nang e as praias do sul!


Quando se fala em visitar a Tailândia, automaticamente filmes como "a Praia" vêm à cabeça e aquelas imagens de praias paradisíacas, com águas cristalinas, areias branquinhas e formações rochosas únicas passam a fazer parte dos desejos de consumo... Bom, aquelas praias realmente existem de verdade, mas não são como aparecem... são muito melhores!!

O litoral da Tailândia é muito extenso, já que o Golfo da Tailândia começa bem próximo a Bangkok e vai até a Malásia, ao sul, e ao Camboja, ao leste. Além disso, o país é banhado em seu oeste pelo mar de Andaman... ou seja, não faltam praias e ilhas, para todos os gostos e bolsos, para quem quer contemplar e quem quer badalar, para quem quer aventura ou quer relaxar, quer se isolar ou ficar no meio multidão... São inúmeras as opções! Visitamos dois dos mais famosos destinos de praia do país, a ilha de Koh Samui, no Golfo da Tailândia, e a cidade de Ao Nang, nossa base continental no Mar de Andaman para visitar as espetaculares ilhas da região!

Começamos nossa jornada na segunda ilha mais famosa do país, Koh Samui. Popular por sua infinidade de resorts a preços bastante acessíveis, além das belíssimas praias de águas calmas e esverdeadas, a ilha também é muito procurada por amantes do mergulho, já que este é o principal ponto do país para esta atividade, mais especificamente no parque marinho que fica nas proximidades da ilha vizinha Koh Tao. Claro que a Pati, apaixonada por explorar as profundezas como é, teve que colocar mais uns carimbos em seu log book! Como a ilha é muito grande, existem diversas opções de hospedagem; escolhemos a famosa região da praia de Lamai, por sua localização, bela praia e variedade de opções de restaurantes e serviços que tem por perto. Para quem gosta de badalação, também é um bom lugar. Aliás, por falar nisso, a maior festa rave do mundo acontece bem ali pertinho, na ilha vizinha de Koh Phangan, famosa por sua Full Moon party, que toma a ilha em toda época de lua cheia.

Pegamos um avião no excelente aeroporto da ilha e rumamos direto para aquela que seria a nossa base para explorar a costa do Mar de Andaman, a cidade de Ao Nang. Escolhemos esta cidade baseados na experiência que tive na vez anterior que visitei o país, quando fiquei hospedado na vizinha Krabi, onde fica o aeroporto. Além de ser muito mais barata que a ilha de Koh Phi Phi (onde muitos preferem ficar), tem uma ótima estrutura de transportes, hotéis e restaurantes, além de ter excelente localização, servindo como base para a saída de barcos que exploram as ilhas da região sem precisar fazer as 2 horas de navegação que enfrentam os que preferem ficar hospedados em Phuket. Passamos 5 ótimas noites por lá! O único problema foi o tempo... Período de monções no sudeste asiático é questão de sorte, como tivemos em Bali, no Vietnã, em Singapura... mas no litoral tailandês não tivemos a mesma fortuna...

Não que tivesse chovido muito... chovia, mas dava aquela pancada, bem forte, e em seguida o calor voltava e o Sol reaparecia. O problema maior foi a agitação do mar. Por conta dos fortes ventos, muitos passeios para as ilhas eram cancelados de última hora, por falta de condições de segurança; e em um lugar em que as maiores atrações são as ilhas, não fazer os passeios significa praticamente perder todo um dia... Um dos passeios principais acabamos não fazendo por conta disso, que seria o tour pela Maya Bay (a praia do filme "a Praia") e a famosa ilha de Koh Phi Phi. Já havia feito esse tour em minha primeira visita ao país, mas a Pati acabou ficando sem conhecê-las... o que nos fez prometer que voltaríamos mais uma vez ao país para completar o tour!!

Em compensação, os outros tours que conseguimos fazer foram muito bons!! O primeiro e mais clássico deles é o que passa por 4 ilhas (4 islands tour), com paradas para banho ou snorkeling em todas. A primeira parada é em Koh Gai, conhecida também como Chicken Island, por conta de seu formato, onde se pode praticar um pouco de snorkeling. Em seguida visitamos Koh Tup, uma fina faixa de areias brancas cercada de água, como se fosse um risco branco no mar. Na sequência vem Koh Poda, caracterizada por um enorme maciço rochoso, com a base bem estreita e cume mais alargado, como se fosse um dedo, e que se destaca no meio do oceano e forma uma bela vista para quem está na praia.

O tour termina nas belas praias de Railay e Phra Nang, uma ao lado da outra, interligadas por uma passagem entre as rochas, e que são muito frequentadas por terem ali opções de hospedagem e um pouco mais de estrutura. Também é o local preferido por quem gosta de fazer escalada em rocha. Lá encontra-se também um curioso "templo" em homenagem ao deus da fertilidade: uma caverna com inúmeras estátuas de diversos tamanhos, formatos e cores de... órgãos genitais masculinos, digamos assim... Local bastante procurado pelos turista...

No dia seguinte fizemos um dos melhores passeios de barco da viagem. O dia estava propício para visitar aquela que consideramos a praia mais bonita de toda a viagem, a praia da ilha Hong. Para ser mais preciso, esta não é uma ilha só, e sim um conjunto de ilhas, cuja ilha principal tem uma praia cerca de rochas com vegetação esverdeada e que forma uma mini baía de águas esverdeadas e cristalinas, espetacular! Não bastasse isso, ali ainda existem algumas trilhas onde pudemos ver até mesmo um dragão de komodo! Neste mesmo tour, o barco ainda visita a ilha Daeng e passa por um lago cercado de rochas que fica encravado bem no meio do mar, na ilha Hong! Visual de tirar o fôlego!

Nosso último tour foi o que lá chamam de "James Bond tour". O passeio tem esse nome por visitar uma ilha, a Khao Phing Kan, que se tornou famosa por ser cenário do filme "James Bond e o Homem da Pistola Dourada". Além do famoso local, o passeio pela baía de Phang Nga ainda visita a ilha Talu, com uma fenda no meio da rocha, como se fosse um túnel, por onde os turistas podem fazer um passeio de caiaque. Na volta para o continente, paramos para almoço na ilha Panyee, uma ilha artificial encravada no meio do nada e refúgio de muçulmanos tailandeses, que vivem em grande quantidade na região sul do país. No caminho de volta para Ao Nang, agora já por via terrestre, fazemos uma rápida parada no "templo dos macacos", construído em uma caverna e que tem esse nome pela quantidade de símios que ficam por lá "pegando emprestado" comida, máquinas fotográficas e outros objetos dos turistas mais desavisados.
É isso aí, encerramos nossos 21 dias pela fantástica Tailândia certos de que foram momentos inesquecíveis e que, com certeza, voltaremos ainda muito mais vezes!!


sábado, 12 de abril de 2014

Tailândia : Chiang Mai e o norte fantástico!


O norte da Tailândia e a sua principal cidade, Chiang Mai, são diferentes do restante do país. Lá, parece que o tempo passa mais devagar, as pessoas são mais sorridentes, a comida mais saborosa e a natureza mais presente. A família real passa boa parte do ano por ali, em seus inúmeros palácios, aproveitando as belezas deste local que é famoso por sua história, templos e monumentos, bem como ser reconhecida como a melhor culinária do país! É um programa completamente diferente daquele que você imagina quando ouve falar sobre a Tailândia e sua agitação, praias, luzes e cores... este lugar é o ideal para quem quer alguns dias de relax, contato com natureza, tradições tailandesas e muita comida boa!


Antes de mais nada, esta região é a mais quente e úmida do país e a sensação térmica algumas vezes ultrapassa os 40 graus. Andar por suas ruas significa suar muito! Carregar uma garrafinha de água e outra reserva na mochila é obrigatório. Por mais que tenhamos planejado evitar temporadas chuvosas e tempo frio quando elaboramos o roteiro, pegando só primaveras e verões em nossa viagem, era inevitável fugir das monções asiáticas... Mas podemos dizer que fomos muito sortudos, pois as chuvas pouco atrapalharam nossos passeios, resumindo-se a pancadas de curta duração, que só serviam para deixar o clima ainda mais abafado!


 Dito isto, pegamos nossas mochilas, máquinas e fomos fazer o que mais gostamos, bater perna! O centro histórico de Chiang Mai, que já foi uma cidade murada, como um feudo, é bem pequeno e circundado por canais e alguns trechos da muralha original. As suas ruas são bastante estreitas e escondem várias surpresas, como pequenos e belos templos, além de restaurantes e inúmeras casas de massagem. Nada melhor que 1 hora de "thai massage" após uma longa caminhada e farta refeição!


Os principais templos da cidade ficam ao longo da principal avenida (Ratchadamnoen), que também é sede do famosíssimo e agitado mercado noturno, o mais importante da Tailândia e que atrai milhares de turistas de todo o mundo em busca do artesanato e da arte tailandesa; a preços módicos, claro!! Somente aos domingos, é um festival de cores, sons e cheiros para todos os gostos. Outras feiras noturnas, permanentes, podem ser encontradas em ruas próximas.


Bom, voltando às atividades diurnas, nesta rua encontramos o complexo de templos mais famoso e importante da cidade, o Wat Chedi Luang, com mais de 600 anos e que foi construído para abrigar as cinzas de um poderoso rei local (na época, a Tailândia era dividida em três reinos : o do norte, cuja capital era Chiang Mai, um central e um ao sul). Parte dele já foi consumida pelo tempo e trabalhos de restauração estão sendo feitos, mas ainda assim é bastante imponente e impressionante, construído com a tradicional arquitetura Khmer, típica dos povos que habitaram esta região, parte da Birmânia, Laos e Camboja.


Ao seu redor, encontramos templos menores, formando o complexo que domina todo o centro histórico da cidade. No dia que fizemos a visita, ainda demos a sorte de presenciar uma espécie de "procissão" pelas ruas de Chiang Mai e que terminava bem neste templo. Eram jovens, todos vestidos a caráter, com carros alegóricos em formato de barco (ou urna funerária, sei lá...) liderando a multidão, que entoava cânticos e tocavam tambores... bem interessante!


Logo ao lado do templo, encontramos um enorme mercado de comidas de rua. Aliás, Chiang Mai é conhecida pela ótima qualidade e diversidade de suas "street foods". Uma das mais curiosas é feita com um espetinho em que colocam pedaços de carne de frango ou de porco, estilizadas com os mais diversos formatos, como angry birds por exemplo!! Os famosos e famigerados insetos fritos também estão lá, além dos tradicionais pad thais, feitos (e servidos) à mão, ali na sua frente mesmo! Explorar as ruas desta pacata cidadezinha é o melhor programa para um primeiro dia por lá, a cada esquina um novo templo, um monumento e muita comida boa! Isso já seria o bastante para justificar uma viagem até lá, mas os arredores de Chiang Mai tem atrações ainda mais interessantes para quem percorreu os 700 Km que a separa da capital do país!


A nossa primeira escapada foi uma imersão na natureza do norte tailandês. Primeiramente, fomos visitar uma "fazenda de elefantes". Os elefantes não são animais originários desta parte do mundo, mas foram trazidos há muitos e muitos séculos atrás pelos indianos e hoje estão completamente enraizados na cultura do país. São animais utilizados para transporte de pessoas, de carga e, hoje em dia, para turismo. Existem diversas atividades para se fazer com elefantes, desde a simples "cavalgada" (a que fizemos), até passar um dia inteiro como cuidador dos animais! Isso mesmo, você vai lavar, dar comida, plantar, treinar... enfim, vai passar o dia cuidando do seu próprio elefante. Para quem viaja com crianças, deve ser um excelente programa!


Após o rolezinho com elefantes, fomos fazer uma trilha por entre os tradicionais arrozais tailandeses. O país é o sexto maior produtor mundial e ele é a base da alimentação no país, assim como em quase todo o sudeste asiático. Não tem como não se sentir em um filme do Rambo! Terminamos a trilha em uma refrescante cachoeira, para aplacar o calor local! Mas o contato com a natureza não acabou por aí. Após o almoço fomos para um riozinho local fazer um rafting em canoa de bambu!! O rio era tranquilo, quase sem correnteza, a canoa, apesar de rude, era bem sólida... mas o resultado deste, que seria apenas uma brincadeira de criança, quase virou um desastre... Melhor do que explicar, é postar um vídeo do que aconteceu...



Ainda bem que não passou só de um susto, mas até hoje não sei como meus óculos escuros não caíram e eu continuei segurando a câmera...e pior, filmando todo esse mico! Histórias de viagem...


O dia seguinte foi rumo ao ponto mais ao norte do país, próximo à cidade de Chiang Rai. O caminho é longo, mas durante o percurso paramos em várias atrações. A mais curiosa e famosa delas é o templo Wat Rong Khun, mais conhecido como "templo branco", pela razão óbvia que pode ser observada ao lado. Este templo, na verdade, não tem nada de histórico ou importante religiosamente; ele, na verdade, é bem novo e faz parte de um futuro complexo de templos exóticos (o dourado está em fase final de construção) construídos com finalidade unicamente turística. Obras de arte e instalações artísticas são observadas por todos os lados, como um duvidoso laguinho feito de mãos espalmadas para alto... o interior então, mais bizarro ainda, com pinturas de ídolos pop como Michael Jackson e Neo, do filme Matrix!! Parecia um mundo paralelo!


Seguindo viagem, fomos ao extremo norte do país, em uma região conhecida como Triângulo Dourado. Apesar do nobre nome, a sua origem não é tão ética assim. O local é, na verdade, a tríplice fronteira entre a ex-colônia britânica Myanmar (ex-Birmânia), a ex-colônia francesa Laos e a Tailândia. Entre as 3 existe uma pequena ilha e que, por muito tempo, foi alvo de disputa diplomática entre os 3 países... e enquanto ninguém decidia, permanecia sem dono... e sem lei! Por este motivo, formou-se lá uma gigantesca plantação de ópio e um entreposto para comércio (ilegal) de armas durante muito tempo... rendendo bastante dinheiro para muita gente... daí o "dourado" do nome...


Atravessando para o outro lado do famoso rio Mekong, que separa os 3 países, está o Laos. Logicamente, como bons caçadores de carimbos, fomos até lá, compramos as bandeirinhas para costurar na mochila, os pins e tomamos a cerveja local, com o curioso nome de Beer-lao (na pronúncia local : "bilau"). Aliás, quase fico (Juliano) sem páginas no passaporte por conta de um carimbo que nem precisaria ter. O oficial laociano errou a primeira carimbada e acabou por usar uma página inteira para fazer a segunda estampa... isto me fez implorar muito por carimbos econômicos nas imigrações africanas, no final da viagem...


Na volta, ainda demos passadinha na fronteira com Myanmar, só para tirar uma foto no portal que divide os dois países. Desta vez não deu para colecionar carimbo... para entrar no país, só com visto. Mais alguns templos e, finalmente, chegamos em uma das tribos mais fotografas e conhecidas do mundo. Originadas de Myanmar, fugindo dos vários e vários anos de guerra civil por lá, os Karen, tribo das montanhas locais, ficaram mundialmente conhecidos por conta de suas mulheres com "pescoço alongado". Coloco entre aspas porque, na verdade, não é a região cervical que se alonga com a colocação progressiva destes anéis; na verdade o que acontece é o contrário, com o peso de todo esse metal, ao longo do tempo, os ombros começam a cair e a clavícula a se deformar, dando a impressão de que o pescoço, que continua com o mesmo tamanho, está esticado. Estes anéis representam, para os homens da tribo, um grande atrativo. Elas sobrevivem das doações dos turistas e de seu artesanato. Muito simpáticas!
O norte da Tailândia realmente nos surpreendeu e trouxe ótimos momentos e experiências, em todos os sentidos. Se você planeja uma visita ao país, não deixe de incluir Chiang Mai e região, não vai se arrepender!!



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tailândia : Bangkok e arredores, no coração do Sudeste Asiático!


A Tailândia definitivamente é um país único no mundo. Nunca foi colônia de ninguém em momento nenhum de sua história (apesar de já ter sido ocupada pelos japoneses por um período e ter sofrido grande influência dos ingleses em tempos recentes); fato este que proporcionou aos tailandeses manterem a sua originalidade, suas peculiaridades culinárias e arquitetônicas, além de sua maneira particular de praticar o budismo. Monarquia secular, tem o rei há mais tempo sentado no trono em todo o mundo... simultaneamente, é governada com mãos de ferro por um partido intimamente ligado aos militares, que mandam no país há décadas... confuso não? O tailandês é muito simpático e sorridente, mesmo nos grandes centros urbanos... claro, como em todo lugar extremamente turístico, e o país é um dos top 5 mais visitados do mundo, existem aqueles que querem tirar vantagem e explorar os mais desavisados; mas está bem longe de ser um país perigoso e violento para o turista, como nos parece quando vemos falar sobre a Tailândia na TV. Apesar de não ser territorialmente tão grande, há grandes diferenças entre o norte, mais "selvagem"; o centro, mais "histórico" e o sul, terra das praias mais bonitas do mundo! Vamos começar nosso giro por este singular país em sua capital, Bangkok, o coração do sudeste asiático!


A capital tailandesa é realmente vibrante. Seja dia, seja noite, esta cidade está o tempo todo movimentada, com carros e os famigerados tuk tuks para todos os lados, das mais diversas cores, produzindo os mais diversos sons. O assédio é grande, a todo tempo um "tuk tukeiro" para ao seu lado e começa : " Tuk, tuk ? Tuk tuk ?". Se você não é muito fã de bater perna, não tenha receio de pegar um. Há muita lenda sobre os perigos de andar neste tipo de transporte por lá, então segue a dica : primeiro, combine o preço antes, depois não adianta chorar; segundo, combine o destino e tenha sempre um mapa ou smartphone com googlemaps à mão e, por fim, em terceiro lugar, enfatize que você quer ir diretamente ao lugar apontado, sem paradas para compras! Não tenha receio de ser ríspido e até gritar se necessário... os tailandeses tem "dificuldade" de entender algumas vezes, se é que vocês me entendem...

Bom, como somos mais adeptos da caminhada, não precisamos usar o famoso meio de transporte do sudeste asiático nenhuma vez em Bangkok. Contudo, andar nas ruas das grandes cidades asiáticas é um desafio! Parece que o pedestre não é uma prioridade por lá... para falar bem a verdade, o pedestre é um estorvo! Praticamente não há calçadas nas ruas. Quando existem, são estreitas, com vários postes no meio, vendedores ambulantes e... scooters, claro! Elas, que dominam o cenário, ocupam boa parte das calçadas da cidade, com poucas vagas de estacionamento. Algumas vezes, inclusive, pode-se vê-las circulando entre os pedestres, tranquilamente. Não se preocupe, a ordem no sudeste asiático é : aproveite, você se acostuma! Ah, não preciso dizer que o sinal vermelho dos semáforos significa, por lá, algo como : " Se você quiser arriscar atravessar a rua, a hora é agora!".


Bom, vamos ao nosso tour, propriamente dito, por Bangkok. Como eu (Juliano) já havia visitado a cidade 3 anos antes, procurei focar nos pontos principais e mais interessantes da cidade, que ao mesmo tempo mostrasse um panorama de como é realmente a Tailândia, sem perder as principais atrações turísticas. Ficamos hospedados na meca dos mochileiros do mundo inteiro, a Khaosan road. Famosa por seus letreiros coloridos, muito barulho, camelôs vendendo desde baratas (é isso mesmo, não escrevi errado não) fritas até carteiras de identidade de diversos países do mundo, jovens à procura de diversão, idosos à procura de se sentirem jovens novamente e nós; esta rua assusta no início, mas depois que você entra no clima, até acha divertido. Há lugares muito mais calmos e de melhor qualidade para se hospedar por lá (aliás, os preços de hospedagem na Tailândia são muito em conta!), mas a localização da Khaosan é insuperável!


A uma curta caminhada dali, está a principal atração da cidade, o imponentíssimo complexo do Grand Palace, com o não menos imponente Wat Phraw Kaew em seu interior. O Grand Palace foi por muitos séculos a residência oficial da família real tailandesa, uma das monarquias mais antigas do mundo, mas hoje é apenas museu, local de visitação e sede do templo mais importante do budismo tailandês, onde fica o cultuado buda de jade (que deve ser a foto proibida mais tirada do mundo!), objeto que motiva a peregrinação de milhares de seguidores da religião mais praticada do país!


Não vou me ater a detalhes descrevendo o local, e nem é este o objetivo destes posts, mas ele me espantou na primeira vez que lá estive e mais ainda nesta segunda, é um top 10 da viagem, seguramente! Ao lado do complexo de palácios, está um dos templos mais visitados da Tailândia, o Wat Po, que além de ser o maior da cidade, contém o maior Buda deitado de ouro do mundo! Aliás, o budismo tailandês tem essa curiosidade; o buda tem pelo menos umas 30 posições diferentes e em cada uma delas ele passa algum ensinamento. Deixamos lá as moedinhas para trazer-nos boa sorte na continuação da nossa jornada e continuamos a nossa caminhada.


Atravessando o rio que corta Bangkok ao meio, temos Thonburi, que em outros tempos era outra cidade e que já foi, também, capital do Reino de Sião (como era conhecida a Tailândia antigamente). Hoje, parte da nova capital, contém um dos templos que mais se destacam no "skyline" da cidade, o Wat Arun, composto por cinco torres em estilo Khmer (povos do norte da região, que hoje corresponde em grande parte ao Camboja), recobertas com cacos de porcelana chinesa. No alto da torre central, a mais alta delas, além dos vários detalhes da obra, temos uma belíssima vista do alto do outro lado do rio, o mais famoso e visitado.


Atravessando de volta ao lado de origem, continuamos nossa "pernada", agora com uma longa caminhada até outro templo, que fica no alto de uma colina, conhecido como Wat Saket, ou o Templo do Monte Dourado, por conte de uma enorme estupa (aquela estrutura cônica que, na maioria das vezes, serve de "morada" para restos mortais de reis ou pessoas muito importantes) dourada no seu cume. De lá, têm-se também uma belíssima vista da cidade! No caminho de volta a Khaosan road, ainda passamos no Wat Rachanada, conhecido como o Templo do Castelo de Metal, por conta de sua diferente estrutura metálica, parecendo até mesmo uma construção vitoriana. Pouco antes de retornar ao nosso hotel, cruzamos com o Monumento da Democracia... a sua feiura em meio a tão belos exemplares de arquitetura, mostra como ainda não conhecem bem a beleza da democracia por lá...


No dia seguinte, devidamente descansados e hidratados, porque andar com quase 40 graus na cabeça e aquela umidade toda não é nada fácil, fomos para a parte leste da cidade, caminhando, claro! Nossa primeira parada foi no palácio Chitlada, residência real quando sua majestade está na capital, e que não tem seu interior aberto ao público, apenas os jardins. Já seu vizinho, o palácio de Vimanmek, também um palácio real, é aberto à visitação e é o maior palácio construído todo em madeira que existe no mundo. Como curiosidade, vale a visita! Há ainda na cidade alguns outros templos, menos interessantes que os mencionados, mas muito bonitos; há também o mercado de flores e o mercado dos "ladrões". Pode-se visitar também a Chinatown de Bangkok e se centro moderno com shoppings gigantescos e luxuosos... mas nada disso era muito autêntico ou novidade, por isso decidimos "pular" e nos concentrar nas atrações mais interessantes.


Reservamos o dia seguinte para um tour clássico, mas obrigatório, para quem visita Bangkok, o mercado flutuante de Damnoen Saduak. Ok, ele é muito, muito, muito turístico... quando as hordas de turistas chegam (nós entre eles) os produtos frescos e mais interessantes e todo comércio feito entre os locais, já acabou. Ficam apenas os barqueiros transportando chineses e suas máquinas fotográficas por todos os lados e "camelôs aquáticos" vendendo qualquer tipo de bugiganga que você possa imaginar. Ah, é lá que os interessados podem tirar a clássica foto com cobra no pescoço. De lá, seguimos para uma cidade flutuante, onde as ruas na verdade são braços de rio (nada muito diferente do que acontece na amazônia) e voltamos para Bangkok ainda em tempo para o almoço.


Para terminar nossa visita por Bangkok e arredores, visitamos a antiga capital do reino, a bela cidade de Ayutthaya, com seus templos seculares e muito bem preservados, de arquitetura predominantemente Khmer e com estupas onde estão enterrados os primeiros representantes da atual dinastia dos Ramas. Lá também podemos encontrar um gigantesco buda deitado, desta vez feito em pedra, antigos palácios em ruínas e, para quem tem essa vontade, fazer um passeio de elefante pelas ruas desta cidade que representa muito para a história dos tailandeses. Visita obrigatória a todos que querem realmente conhecer esta rica cultura e entender o porquê do orgulho que sentem por seu país!


Bangkok foi nossa base nestes quase dois meses que rodamos pelo sudeste asiático, tendo frequentado seus aeroportos por 6 vezes neste período, entre saídas e chegadas. Não poderíamos ter escolhido cidade melhor; acolhedora, ao mesmo tempo que é cosmopolita, sofisticada, enquanto também é tradicionalíssima... gastronomia de primeira e atrações das mais exóticas e variadas possíveis! Não tem como não querer voltar várias vezes e se divertir muito em todas elas. Nossas aventuras pelo sudeste asiático começavam aqui... E começavam muito bem!!!